segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

“Remember”

Olha só que idéia simples e incrível da agência Rethink, de Vancouver, com o objetivo de promover o Walk for Memories - evento anual promovido pela entidade canadense Alzheimer’s Society of British Columbia para arrecadar fundos para pesquisas que buscam a cura e novos tratamentos para a doença, que aconteceu no último dia 30 de janeiro.

A ação de guerrilha utilizou um ícone facilmente reconhecido como lembrete para qualquer cidadão: foram cerca de 1000 post-its, colocados em um mural de quase 10 metros, transformando o local em uma poderosa mensagem:

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Viagem na Viagem – 3º Tempo - Londres

Mais uma etapa... e uma etapa prá lá de especial!

Voltei!!Precisei dar um tempo antes de continuar - estava preparando um presente para Little Yeppie!

Alguns vão se perguntar: "Quem é essa, santíssima trindade?!?" - aliás, esta também uma expressão dela... Explicando: Little Yeppie é uma pirralha que hoje está morando - melhor dizendo VIVENDO na terra da rainha. Ué?!? Uma moleca vivendo do outro lado do mundo?!?! Pois é... Achei que TINHA que ir lá conferir e fui!

Alguns meses antes, quando ainda estávamos programando nossa viagem, perguntei para o Mario o que ele achava de aproveitar que a Cris estava morando em Londres e ir lá conhecer a cidade, e matar as saudades.

Pois é! Não conhecia Londres ainda - de novo, aqui, a sensação de que estou atrasada, com monte de lugares para conhecer ainda! Ai, ai, ai....

Numa madruga, conversando com ela pelo MSN disse:

- Tô pensando em ir te ver. Conhecer a terra da tia Beth com uma guia local deve fazer toda a diferença!

E ela respondeu:

- Só se trocarmos serviço de guia especializado. Vem prá cá e depois vamos juntos para Paris!

Pronto! Tava feita a armação - até porque eu não preciso de muitos motivos para querer ir para Paris. E apresentar a cidade para ela ia ser um show! A-doramos a idéia e aí começou.

Pronto! Agora que todo mundo está no contexto, vamos lá!

Depois de, de novo, fecha mala, faz check out, aeroporto, devolve o carro, faz check in, 2 horas de vôo depois estávamos em Londres, ou quase. De ônibus, 1h30 depois (isso mesmo: quase o mesmo tempo que o de vôo) chegamos à cidade. Aqui um parêntese: TODOS os aeroportos ficam a 1h00, 1h30 da cidade. Nós, aqui, é que achamos que eles têm que estar no meio da cidade!!!

Cara... a cidade é grannnnde! E lotadaaaaaa!!!! Nosso destino era a Victoria Station, muito pertinho do hotel. Pertinho, mas com malas em uma mão e mapa na outra, no meio da "multidão", as duas quadras que percorremos pareceram quilômetros.


Malas no quarto (ufa!), ligar para a Cris.

Xiiiiii, celular desligado.

Lorenzo, então. Quem é Lorenzo?! Namorado da Cris – um capixaba, que a gente descobriu logo ser muito, muito gente boa!

- Oi, Lorenzo! É a Yara. Tudo bem? Tentei falar com a Cris, mas o celular parece estar desligado. Você sabe dela?

- Oi, Yara. Tudo bem. A Cris está trabalhando. Só sai as 17h00. Vocês estão na cidade? Vem encontrar com a gente. Hoje eu estou de folga e estou aqui com a Juliana. Estamos em frente ao Tate e vamos atravessar a ponte para pegar o barco para Greenwich. Vem que a gente espera vocês.

Ai, ai, ai!!!! Em frente ao Tate? Barco para Greenwich? Com a Juliana???? Depois de tanto tempo ouvindo línguas incompreensíveis, parecia mais uma. Quem será Juliana? Há quantas milhas daqui fica o Tate? Como assim, Greenwich? CADÊ A CRIS???????

Olhei para o marido e perguntei: Vamos procurar a Cris? Que tal fazer uma surpresa no trabalho dela? Claro!!!!

E como faz isso?!?!? Bóra descobrir.

De novo mapa na mão, descobrimos que a linha de metrô que nos levaria para bem pertinho do Nando's estava out of order. Pega outra linha, faz baldeação, muda de direção.... e são 16h30. Corre então....

Sabe quando a gente é criança, é véspera de Natal e a nossa ansiedade não cabe no corpo? O Mario diz que era assim que eu estava. Usando muita psicologia, que levou anos desenvolvendo, ele me disse:

- Não sei por que você está tão ansiosa... Ela não está ligando muito para a sua chegada, não!!

E disse que falou isso para que eu me acalmasse!!!!!!!!!!!!! Não é um doce?!?!? Rssss

Porta do Nando's, 16h45, e a Cris não estava a vista! Ah!!! Quer ver que hoje, excepcionalmente, ela saiu 20 min mais cedo! (ansiedade faz isso com a gente)


- Please! I’m looking for Crwis (assim mesmo!). CADÊ ELA?????

- Ela está trabalhando ainda. Vocês podem aguardar na mesa.

Uffffff!!! Ta bom, ta bom, ta bom. Sem almoço ainda, vamos aproveitar e comer alguma coisa.

Ai, então, uma moleca toda serelepe desce a escada saltitando e: ÊÊÊÊÊÊÊÊ!!!

Mario mentiu pra mim. Ela tava, sim, com saudades. Abraço apertado denuncia, né? Então, muitos abraços apertados depois, querendo colocar em dia 07 meses de notícias e saudades atrasadas, fomos para a rua.

Quer saber para onde??? Ah... só uma voltinha!!! E assim, ANDAMOS até as 23h00, quando pudemos beber alguma coisa.

Um resumo do roteiro deste primeiro dia:

Saímos do Nando’s que fica na Cromwell Road , pertinho dos museus História Natural e Vitória & Albert - construções majestosas. Majestosos!!!! Por que será que por aqui esta palavra está sempre rondando, heim?!? Hehehehe

Descemos a Brompton Road, click com a Harrods ao fundo, passamos pelos parques Hyde Park e St. James, entramos na Picaddily, chegamos em Picaddily Circus, e então eu tive a certeza de que o universo despencou por aqui, sem avisar ninguém e a cidade não teve tempo para se programar!!!


Meu Jesus Cristinho!!!!! O que é isso de gente?????

Dalí para a Trafalgar Square e o obelisco do Almirante Nelson, ou Nelsão, quando rapidamente se tornou intimo do grupo - nos viu para lá e para cá inúmeras vezes em pouquíssimas (!!??) horas. Mais um mundo de gente. Onde será que estavam estas pessoas até agora? Ou nós é que chegamos, de repente, sem avisar e eles sempre estiveram aqui?!

Whitehall e Parlament St. e VOILÁ!!!!!

O prédio do Parlamento e o BIG BEN…. KARAKA!!!
Anoitecendo, um céu lindo, e ele ali na nossa frente. Incontáveis clicks e muitos ahhhh!!! ohhhhh! ohhhhhh de novo!!!! Sabia que ele existia, claro!, mas não tinha idéia de que ia achar tão lindooooooo.

Atravessa a Westminster Bridge e ó só quem está aqui: London Eye. Ok, ok.... Chega por hoje.

Ou quase. Cris liga para Lorenzo (que a esta altura já desistiu de levar a Juliana para conhecer Greenwich e bateu perna por outras bandas) e marcamos de nos encontrar do OUUUUUTRO lado do rio. Mas como o rio era o Tâmisa, borá lá.

Atravessamos a ponte do Milênio, curtimos a vista do Parlamento de lá (imperdível!) e demos mais um alô pro Nérso.
Continuamos subindo, subindo, até chegar a ... meu Jesus Cristinho!!!!

Queéqueéisso?!?!?? Uma galera – na verdade, muiiiiiitas galeras, sentadas, em pé, apertadinhas para entrar, para sair, para beber, para curtir, para viver. Estávamos em Covent Garden.

Enquanto esperávamos que o outro grupo nos encontrasse, aproveitei para curtir a vista – que é linda e estava recheada de gente. Sábado, em Londres! UAU!!!! Que delícia estar aqui.

A Cris junto com a gente pesou na sensação, tenho certeza disso. Sinto saudades dela e, depois de um tempinho junto, é fácil saber por que. Até então tinha sido um final de tarde e um começo de noite na terra da rainha e eu já estava me apaixonando. Fácinha, eu?!?! Não... A cidade é mesmo um show. Muito diferente de tudo o que conhecemos.

Acho que com o pretexto de ir a Londres para estudar a língua leva muito jovem do mundo todo!!! E empresta à cidade um astral especial.

Ah!!! Uma pergunta ficou sem resposta: quem é Juliana?!?!? Juliana é uma amiga da faculdade da Cris, que muito folgada!, baixou em Londres e ia com a gente para Paris, depois. Brincadeirinha!!!!

Meia brincadeirinha.... hehehehe. Ela ia mesmo para Paris com a gente!

Quando a Cris me deu a notícia de que ela faria parte do grupo, na segunda parte da viagem, eu fiquei tranqüila: sabia que se ela não fosse gente boa, Krika não deixaria. E, na verdade, descobrimos rapidinho que ela é também uma fofa – mas não perdemos nenhuma oportunidade de dizer para ela que era FOLGADA!!!!!! rsssssssssssssss

Pro hotel nanar, sem prejuízo de uma massagem nos pés antes. No dia seguinte, a Cris já de férias! Seria este o ritmo estabelecido para o restante da viagem? Dou conta, não! Ainda bem que ninguém dava e, assim, o ritmo do primeiro meio-final-de-dia não se repetiu e os outros dias foram mais tranqüilos.

Passear no parque, curtindo os cisnes da rainha passeando por ali, com algumas paradas para clicks e mais clicks. Passear, em uma manhã linda, e takatakatakataka, matando saudades da Cris, registrando ícones da capital da terra da rainha e fazendo novos amigos... Quero mais nada, não!



Mas tinha mais! Manhã de domingo em Notting Hill. Feira de Portobello: show! Ué! Cadê a livraria onde William e Anna se conheceram ? E a porta azul? Onde estarão Hugh Grant e Julia Roberts? Sei não... Mas sei que passear pelas lojas escolhendo bustos ou luminárias de piscina enormes para levar para o Brasil, em meio a muitas risadas, mereceu muitos clicks e ganhou várias imagens para guardar na retina.

E a casa da rainha? Buckingham Palace.... Sei que já vi palácios mais bonitos e mais encantadores, mas esse tem uma “coisa” que tenho dificuldade para explicar. Será que é porque a tia Beth mora aqui? Aliás, vocês viram o filme A Rainha?!? rssssss

Para não ficar com cara de piada interna, explico: fiz essa pergunta 857 vezes para a Cris e para a Jú (a essa altura da viagem, íntima o bastante para virar JÚ!). No começo da nossa temporada juntos elas não haviam visto o filme. No final, não haviam visto a película, mas conheciam todos os detalhes do filme! Me encarreguei de contar!!!! Será que elas já foram conferir se tudo o que disse era verdade?!?! Hehehehe

Voltando a Buckingham. Quem não passou alguns bons momentos na infância brincando com “soldadinhos” e imaginou a cena deles marchando (com as pernas duras e ritmadas), protegendo a princesa? Agora, imagina que nada disso é uma fantasia. Eles estão ali mesmo, de verdade, e defendendo a rainha!!!

Ora, o fato de que a bandeira não está hasteada, o que significa que ela não está no palácio, não muda nadica, é só um detalhe. Eles estão ali. A pé, a cavalo, tocando musiquinha, andando para lá e para cá – deixando o Mario com uma pergunta sem resposta: quem é que organizou o cerimonial?!?!?

Aquilo tudo acontecendo do outro lado dos portões, com um monte de gente enterrando o rosto na grade para poder ver mais de perto. Piegas??? Que seja: chorei! E me diverti. A-dorei!

E quero confessar outra coisa: o “calçadão” é enorme e fiquei lembrando que a galera lotou a área com flores para a Diana, quando ela morreu. Vocês viram o filme A Rainha?!? rssssss

Passear, passear, passear. Essas eram as nossas funções por ali. Claro que em meio a muito takataka.

Final de dia, o cansaço é tão forte que a gente mal fala (dá pra imaginar o cansaço, né?). Na volta para o hotel, um passeio de ônibus. Sentadinha, quietinha, de repente um pedaço de pão vem voando por cima da minha cabeça, bate na minha perna, cai no chão, mas deixa um pedaço de cebola frita como prova de que não foi uma alucinação. Olho pra trás e vejo quem??? A Jú (folgada, lembra?). Antes de pensar a boca fala:

- Você jogou PÃO em mim?

- Eu?!?!? E onde eu ia arrumar pão a essa hora da noite para jogar em você?

- Não sei. Mas jogou?

- Não. Juro que não.

- Tá bem. Mas alguém jogou!

Ao lado, o resto do grupo, rolando de rir. Eu e ela, ainda envolvidas na conversa e na situação, demoramos um pouco mais. Hehehehehehe. Rimos muito com esta história, ainda por muito tempo. Se a cena parecia coisa de maluco, a conversa foi absolutamente surreal!!! Eu perguntei, é verdade. E ela respondeu. Dá prá acreditar?!?!?!

Enfim, Londres nos surpreendeu, mesmo! Ficamos muito felizes em descobrir que durante a semana a cidade é mais normal. Tinha menos gente na rua e até deu pra ver um pouco melhor as ruas, os prédios, as pessoas, e a

London Eye

A Westminster Abbey – cenário das coroações de todos os reis da Inglaterra desde a de Guilherme, o Conquistador, é um edifício gótico lindo, tem um museu bemmmm interessante....

... e o Poets' Corner, onde estão os monumentos a T.S. Eliot e Shakespeare.

"Horse Guards", o palácio que abriga a guarda montada da rainha

Saint Paul Chappel.

Tower Bridge – absolutamente majestosa!!!!

Tower of London – uma das fortalezas medievais mais bem preservadas da Inglaterra e onde, desde sua construção, guarda as jóias da coroa.

Final do último dia: Noviça Rebelde – The Sound of Music, no London Paladium. Show, show, show!

Para finalizar, bem direitinho, mais uma visita a um pub! Tin Tin!!!!!!

Claro que precisamos voltar. Não entramos em nenhum museu – e aqui tem algum dos melhores, não conhecemos as Câmaras dos Lordes e dos Comuns no Parlamento, ou seja... TEM QUE VOLTAR!!!!

Foi uma grande delícia tudo. Ter esse aperitivo de Londres com a Cris fez a diferença. E aqui uma homenagem, merecida, ao Lorenzo. Mudou folga, correu para acudir, pegou na mão, deu carinho em forma de dengo. Valeu, Lorez! Fofo!!!

Bem bom, tudo!!! Que bom que ainda não acabou....

Próximo post: Paris!!!

domingo, 30 de setembro de 2007

A Viagem na Viagem - 2o. Tempo - Alemanha

PARTE 2

Bom... Fazer economia em algumas coisas para gastar em outras é absolutamente imprescindível quando estamos viajando, certo? Certo. Então, que tal usar a companhia CSA para voar de Praga para Munique. E o que vem a ser CSA? É a CZECH AIRLINES. Um equipamento que continha hélices (!!!!!) para fazê-lo voar, e que nos surpreendeu - um vôo muito tranqüilo e 50 minutos depois estávamos em Munique. Agora, se o preço da passagem foi uma negociação bem pensada, sua economia foi no taxi do aeroporto até o hotel - € 57!!!

Enfim, estávamos na Alemanha.

Mesmo com uma enorme tentação de falar de cada cantinho, em detalhes, vou tentar fazer um grande resumo das nossas peripécias em terras germânicas.

Quando estávamos discutindo sobre o que conhecer, do que abriríamos mão, de quanto tempo precisaríamos para conhecer os lugares, quantas vezes estávamos dispostos a fazer check in & out nos hotéis, esses detalhes todos, resolvemos que ficaríamos concentrados no sul do país. Ali já teríamos um mundo de coisas para conhecer. Assim nasceu: Rota Romântica, dos Castelos, Vale do Reno e Vale do Mosel.

Começamos por Munique e foi uma porta de entrada bacana. Uma cidade com muito jovem, muita vida, muita gente na rua e, o mais curioso, muitos turistas alemães. Mas não tanto quanto os turistas italianos. Impressionante!!!

Malas no quarto, bóra bater perna e descobrir se a localização do hotel era boa mesmo – escolhemos pela internet e no mapa parecia ser A localização. E era. Com uma caminhada bem gostosa, em minutos estávamos no centro histórico e na Marienplatz – a praça onde fica o edifício neo-gótico que abriga prefeitura da cidade (lindoooooo e cheinho de flores!) e um monte de lojas bacanas, igrejas, monumentos e mais gente.




Ao lado da Praça, o mercado Viktualienmarkt, conhecido como o estomago de Munique. Uma parada para experimentar a batata - Bratkartoffel (viu, Maira? Obedecemos direitinho!).

Dali para a Residenz, com duas paradas indispensáveis no caminho: Dallmayr, um restaurante / loja de comidas chiquérrima e Starbucks, do outro lado da rua. Tudo o que eu queria era um café com gosto conhecido, mas sucumbimos ao Frapuccino de Banana (!!) sentados em uma das mesinhas na calçada, ao lado da ciclovia - é uma oportunidade de ver crianças, jovens, idosos e famílias passeando de bicicleta como se tivessem nascido usando a bike como meio de transporte. E mais: eita gente bonita!
Antes ainda de entrar na Residenz e ver de perto o resultado da reconstrução do lugar onde moraram os reis da Bavária até o começo do século passado (o palácio foi fortemente danificado por bombardeiros na Segunda Guerra Mundial), mais uma pausa para ver os locais num break também local: o parque Hofgarten. Originalmente, o jardim era destinado aos membros da corte e só foi aberto ao público no final do século 18. Do ladinho do parque, e nas avenidas que saem dali, existem muitas possibilidades – férias é assim mesmo!. Porém, adorei a oportunidade de tomar um cafezinho no Café Luitpold – também reconstruído depois dos bombardeios da 2ª. Guerra, era freqüentado por Johann Strauss e Kandinsky que, como eu, eram também amantes do café.
A algumas quadras dali está a Feldherrnhalle, uma loggia a céu aberto onde aconteceu em 1923 uma tentativa de golpe de estado, conhecido como o Putsch de Hitler. O lugar mais tarde se transformou em um “santuário” - todos que passavam em frente ao prédio tinham que fazer a saudação nazista. IRC....
Depois de passar por ali e lembrar que esta cidade foi um palco importante de atuação de um maluco (o que me fez, um dia, relutar muito em conhecer este país! Ignorância pura, eu sei! Mas, real...), só mesmo indo ver a alegria deste povo na mais famosa e animada cervejaria de Munique: Hofbräuhaus. A fama é absolutamente merecida. E ainda acrescenta-se aí um elogio a comida: deliciosa!!!!! Chopp com limão (Radla): maravilhoso!!!!
Enfim, estávamos prontos para seguir em frente e, depois de 3 dias na cidade grande, alugamos um carro e seguimos em direção aos Alpes, com rápidas paradas em Ettal (onde está localizado um lindo mosteiro, e os monges produzem um licor bem bom!...

... e Oberamengau (uma cidadela lindinha e uma mostra do que iríamos ver nos próximos dias em termos de arquitetura e astral, e que gerou uma foto Momento Bucólico na Alemanha!).
Nosso próximo destino: Fussen. A cidade é uma gracinha, mas a grande maioria das pessoas passa por ali sem nem notá-la, em direção as duas grandes atrações do lugar. E coloca GRANDES nisso: Hohenschwangau e Neuschwanstein. Não se apavore se não conseguir ler o nome desses dois castelos – acho que nem mesmo os alemães conseguem!

Aqui cabe um pouco de historinha: Ludwig II era um amante da música e fez de Wagner seu protegido. Essa fase da sua vida o colocou em contato com o teatro e, conseqüentemente, com decoradores e cenógrafos. Essa informação nos ajuda a entender o projeto de Neuschwanstein – o castelo que serviu de inspiração para Walt Disney, no Castelo da Cinderela.

Hohenschwangau era o castelo do pai – Ludwuig I, e de lá o rei acompanhou a construção do seu próprio castelo. Já considerado insano, passou menos de 6 meses no castelo até ser deposto e "se afogar" no lago Starnberger.

A morte misteriosa aumenta ainda mais a atmosfera de romance que envolve cada curva da estrada, cada pedra, cada casa e vilarejo.


Sabendo que as filas são enormes para visitar o castelo, usei a tecnologia a meu favor e fiz as reservas ainda em São Paulo. Já me trocando para sair, ouço:

- Yara, a reserva era um arquivo em PDF?

Quando ouvi o “era” pensei: FERROU.... ele não imprimiu o anexo do e-mail!!!

Lembrava do horário marcado e estava no meu nome, então bóra tentar, torcendo para que a comunicação fosse possível... A resposta: NO PROBLEM.

Do Ticket Center ao Hohenschwangau a pé, facinho. Com vistas lindas incluídas no preço. Até Neuschwanstein é uma subida enorrrrrrrme (ladeira, mesmo!), mas só descobrimos isso quando chegamos lá em cima. De carruagem!!!! hehehehe

Minha expectativa com os castelos era bem alta e não me decepcionei. Até mesmo o tempo ajudou – estava um dia lindo!

Ficamos 02 noites em Fussen e, depois de jantar, aproveitamos para ganhar uma graninha bem boa no cassino! Quebramos a banca: € 300. Além disso, só passear mesmo!

Ô dificuldade!! rssss Eita viagem bem bom-de-viver....

Próximo destino: Nuremberg, uma metrópole de "duas caras". De um lado, o ar moderno de meio milhão de habitantes; do outro, uma cidade medieval e muito charmosa.

O centro histórico, com uma igreja gótica LINDA!!!! e prédios com uma arquitetura incrível, além do Kaiserburg - uma série de castelos e construções dos séculos 11 e 12 com mais de 80 torres, é ladeado por uma muralha de 5 quilômetros de extensão.
Nuremberg tem uma baita importância histórica para a Alemanha - a cidade foi um centro de produção de livros nos séculos 15 e 16 e, em uma conexão mais recente, os julgamentos de criminosos nazistas no final dos anos 40, que aconteceram aqui.

De Nuremberg direto para Dinkelsbuhl, uma cidadezinha cercada por muros, portões e mais de uma dezena de torres. A maioria dos seus prédios data dos séculos 13 a 19, com muitas casas do estilo enxaimel.

Passear pelas ruas da cidade é como visitar uma cidade cenográfica. Tudo arrumadinho, colorido, com flores na janela... Uma paz danada! A sensação do Mario foi de ver em tamanho natural aquelas cidades que a gente montava com blocos de madeira, quando criança. Tão grande que no final da tarde, voltamos para o hotel e, enquanto o marido tirava uma soneca antes do jantar, eu lia um pouco sentada na poltroninha ao lado da janela. Quando, eis que são 6 horas e descobrimos que nosso hotel, super charmoso, ao lado da praça principal, ficava DENTRO do enorme sino da igreja. Depois de 20 minutos de badaladas já estávamos dispostos a ir soltar os padres, que certamente estavam presos nas enormes cordas que fazem o badalo funcionar! rsssss
A caminho de Wurzburg, uma parada em Rothenburg ob der Tauber.

Um click de um Momento Quero Mais....
Rothenburg, para os íntimos, é uma autêntica cidade medieval, cheia de charme e, sem dúvida, a mais famosa da rota romântica. Entrar nela é como entrar em um livro de histórias, uma viagem no tempo.

Embarcamos no clima da cidade com uma caminhada pelas ruas centrais, observando a arquitetura, a prefeitura, as igrejas, os doces.

Tonta, de boca aberta, em mais uma cidade cenográfica, onde Papai Noel se abastece. A loja, na verdade as muitas lojas da Kathe Wohlfahrt são uma viagem a parte.
A cidade tem uma famosa feira que acontece no final do ano, mas essa loja tem tudo que se possa imaginar para decoração de natal e funciona durante todo o ano. Mario precisou apelar para me tirar da loja!

- Por favor, vamos embora?!, com a carinha mais doce do mundo.

Quando eu disse: “Uai... estou aqui há apenas 15 minutos”, recebi a notícia de que estava imersa na magia da loja há quase 2 horas!!!! Juro que nem percebi.... O lugar é mesmo um sonho!
Tá bom, tá bom, tá bom.... Então vamos! Direto para Würzburg - uma cidade universitária não muito grande. A primeira coisa que se vê ao chegar é a Fortaleza de Marienburg, um castelão, que do alto parece tomar conta da paisagem.

Fomos direto para visitar o Residenz, a maior atração da cidade. O lugar, um dos patrimônios mundiais da Unesco, foi morada dos chamados príncipes-bispos, religiosos a quem a Würzburg literalmente pertencia, com escritura e tudo! Construído no século XVIII, a escadaria com um afresco de 18 x 30 metros de extensão, do veneziano Tiepolo, é imperdível!

Infelizmente muita coisa foi destruída na segunda guerra mundial, mas tudo foi reconstruído o mais fielmente possível – a gente consegue conferir isso nas fotos do antes, durante e depois dos bombardeio, expostas em uma das muitas salas. O jardim também é uma atração a parte. Marido se encantou com a capela – e é linda mesmo! Pequena e um luxo.

Hotel, banho e um passeio pelo centro histórico – aliás, estas funções têm sido uma rotina deliciosa nos últimos dias!

A quarteirões dali, a Ponte Velha (Alt Mainbrucke) é bem lindinha. Parece a Ponte Carlos de Praga, ladeada por estátuas de santos barrocos. As ruelas (na verdade, parece um imenso calçadão), com os cafés, os restaurantes e as cervejarias com as pessoas tomando imensas canecas de cerveja e curtindo o final de tarde, são coloridas e parecem transbordar uma paz danada! Ou será que somos nós que estamos em paz?!? Difícil dizer. Mas está se tornando constante. Delícia!!!
Passeando por ali, chegamos a conclusão que os velhos europeus estão nos seguindo... Muita gente da 3ª. Idade por aqui e em todos os lugares que passamos! Em turma, curtindo... Incrível!

Würzburg foi a última cidade da Rota Romântica, e a partir daí a viagem muda de tom. De lá, fomos direto para Rudesheim, no Vale do Reno, ignorando os planos iniciais que nos levavam para Heidelberg. Com o passar dos dias, estamos ficando meio preguiçosos e queríamos chegar no Vale em tempo de fazer um passeio de barco pelo rio. Isso é estar de férias, certo?

Enfim, voltando... Rudesheim. Uma das muitas cidades construídas no Vale, e rodeada de vinhedos, é um charme. A primeira vista, ela parece acontecer a beira do Reno, ou Rheim. Escolhemos um hotel numa ruazinha um pouco pra dentro, bunitinho, bunitinho!

Malas no quarto e seguindo as dicas do recepcionista – nem me pergunte em que idioma conversamos!, pegamos o Goethe em direção a Koblenz, mais ou menos duas horas depois descemos em St.Goars-Hausen e voltamos de trem.

Aliás, aqui um adendo: eu não falo a língua deles, eles não falam a minha. Meu domínio do inglês não permite peripécias, o deles também não. E mesmo assim NUNCA tivemos um único problema para nos comunicar ou pedir ajuda. Esse povo é super, hiper, mega, blaster solícitos, educados e atenciosos.

Três exemplos, em um único dia:

- Mario estava parando o carro num estacionamento público, na praça (muito comum por aqui), quando percebeu que havia um carro saindo da sua e deu ré para facilitar a vida do senhor. O cara desceu do carro e DEU para o Mario seu ticket que ainda tinha validade de meia hora!!!

- Estávamos no barco e tentei tirar uma foto minha e do Mario, afastando o braço. Uma senhora perguntou (em alemão, claro!) se queríamos que ela tirasse. Eu agradeci e expliquei (usando inglês, português e mímica!) que a bateria da máquina havia acabado. Começou então um zum zum zum na turma dos véinhos, até ela me cutucar com duas pilhas AA na mão, para colocar na minha máquina!! Fiquei até chateada por frustrá-la – minha máquina não funciona com pilha!

- Na saída do passeio de barco, desce e corre para e estação de trem, com tempo apertado para descobrir como comprar o bilhete. Uma moça nos acompanha até a máquina, nos ensina a comprar e corre para segurar a porta do trem, enquanto cumprimos a difícil tarefa de utilizar uma máquina que deveria facilitar a vida dos usuários, mas que só “falava” alemão!

Não é um SHOW?!?!?!?!?

De volta a Rudesheim, andamos, andamos, andamos e descobrimos que a cidade é muiiiito mais que orla do rio. Ruelas e ruelas lotadas de restaurantes com os mais variados estilos de músicos.
- Esses caras estão apostando alto, heim?

- É verdade... Vamos para o hotel, tomar banho, nos agasalhar e voltar para jantar?

- É melhor não! Com a quantidade de véinhos que vimos por aí, os restaurantes devem fechar as 8h30....

Ok. Deixamos o banho para depois, colocamos um agasalho e fomos escolher um italiano bem bonitinho. Comemos bem, bebemos bem e quando saímos, advinha?!?!? Os “véio” na MAIOR animação. Mas, na muita maior animação: dançando, cantando, dando cambalhota, fazendo coreografias. Um verdadeiro show e em vários restaurantes. Inclusive, no restaurante do NOSSO hotel. hehehehe

Nós, que não temos mais idade para acompanhar, fomos dormir e até tarde ouvimos a algazarra deles. Parecendo adolescentes. Muito show. Muita vitalidade. ;)

Isso me emociona, sabia?

No dia seguinte fizemos de carro o mesmo caminho do barco e um pouco mais: do Vale do Reno para o Vale do Mosel... mudança de rio, de vale e de paisagem.. No caminho para Bernkastel, a beira do Mosel, passamos por Cohen – uma fofura de cidade.


E vimos muitas, muitas pessoas fazendo o vale de bike. Na porta do hotel, já em Bernkastel, um grupo paramentado (de idosos, claro!) esperava o ônibus que trazia a bagagem deles. Eu, de novo, impressionada com a vitalidade deles. Só cheirando cola!!! E no café da manhã. Bike ou lonnnnngas caminhadas....

Bernkastel tranqüila. Bastante tranqüila. Uma paisagem linda e tranqüilizante! rssss



Dali para Baden-Baden. Chiquetérrima!!! A sofisticação pode ser vista por toda parte. Nos acomodamos num hotelzinho no calçadão, também chiquetérrimo e batendo perna chegamos a um dos atrativos da cidade – Termas de Caracala! Um show.


Queria uma semana aqui para curtir o SPA! Chiquetérrima também! hehehehe

Eu queria ficar aqui por causa dos banhos termais, mas fiquei na vontade. Os romanos não – chegaram aqui no ano 80 d.C. e mandaram embora os celtas que aqui viviam.


Flanamos, olhamos as vitrines, fizemos uma visita a um supermercado (a-doro isso!), alguns clicks no caminho, voltamos ao hotel, ficamos chic também (!?!) e fomos ao cassino.

A fama da cidade atravessou os séculos e no século 19 ficou famosa entre os aristocratas europeus. Construções neoclássicas pipocaram então na cidade e numa delas funciona, desde 1838, um dos cassinos mais antigos do mundo.

Mesmo tendo nos esforçado para parecer chiques, na ala nobre do cassino só de terno e gravata – e fomos então jogar vídeo poker na sessão dos pobres. Lá fora uma festança. Claro que não entendemos nada do que estava acontecendo, mas escolhemos uma “barraca” , pedimos salada, vinho e ficamos curtindo a banda tocar. € 100 mais pobres, mas felizes!

Próximo destino, Lago Contança. Uma perdida no meio do caminho nos colocou no meio da Floresta Negra. Surpresa boa!

Chegamos a Meesburg. A-DOREI!!!! Um clima, um astral, com cara mesmo de cidade na beira de um lago!!!! Um Momento Vico na Alemanha!


Batemos perna até parar em um restaurante com uma terraza. Clicks e curtição pura.


Desce, desce, desce, mais uma volta pela cidade e SURPRESA...uma orquestra de sopro fazendo uma apresentação no meio da praça. Lindo, lindo, lindo!

Na volta para Munique, e o que seria o nosso último dia na Alemanha, paramos em Lindau – também na beira do lago Constança. Clicks junto ao símbolo da região – um leão que toma conta da fronteira tripartite: Suíça, Alemanha e Áustria. Uma graça de lugar. Lindo!

No caminho outro atalho: Dachau! Ai, ai, ai... Sofri mais com a expectativa de ver o primeiro grande campo de concentração nazista, do que com a visita em si. Pensando nisso depois, acho que a crueldade que cada pedra daquele lugar presenciou é tão absurda, que chega a ser surreal.

Parece que não é verdade. Como assim, construíram fornos novos porque os antigos eram pequenos? Se não chegaram a usar quer dizer que pensavam exterminar ainda mais pessoas? Difícil de acreditar. Parece cenário de filme. Filme de horror!




De volta a Munique, e para apagar qualquer possibilidade de deixar registrada na mente, e no coração, essa última impressão – que não combina com um país delicioso, voltamos a Hofbrauhaus.

É... acabou!!! Vou lembrar com saudades, com certeza. Tin, tin!!!
Próximo destino, e próximo post: LONDRES.... e a amiguinha Cris!